segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Salão da declaração da independência



Salão da declaração da independência de Israel-Telavive.

O salão da declaração da independência hoje é aberto a visitantes. No passeio pelas salas, o visitante encontra uma apresentação da história do sionismo e dos acontecimentos que precederam 14 de Maio de 1948, e um curta-metragem revive o espírito pioneiro de Telavive naqueles dias.

O mais emocionante, porém, é sentar-se no salão onde se proclamou a Independência. Ainda que as cadeiras agora sejam todas iguais e os quadros originais estejam no museu de Telavive, o ambiente conserva uma aura de plena autenticidade. Encontra-se no local a fotografia de Herzl e as bandeiras de Israel; também a longa mesa e os microfones originais; o espírito do passado toca o presente. 

No pequeno salão ressoa a voz gravada de Ben-Gurion, anunciando a criação do Estado de Israel. Quando os visitantes se detêm a cantar Hatikva, o hino da esperança, em coro com os estadistas de então, é como se estivessem reafirmando em certo modo a independência e como se, de forma emocional, quase mística, se criasse de novo o Estado de Israel.

Conteúdo do texto de Ben-Gurion
: a constituição de órgãos de governo devidamente eleitos; os direitos sociais e políticos de todos os cidadãos que incluía a proteção de todos os lugares santos; um chamado às  Nações Unidas a admitir Israel na família das nações e outro à população árabe a participar em todos os órgãos e instituições do Estado. Também instou aos judeus de todo o mundo a reunir-se em torno do Estado recém nascido.

Sublinhamos ainda o parágrafo final: “Confiantes na Rocha de Israel, assinamos esta Declaração, nesta sessão do Conselho Provisional do Estado, celebrada na terra pátria, na cidade de Telavive, na véspera do Sábado, aos cinco dias do mês de Iyar de 5708, quatorze de Maio de 1948″. 
A leitura da Declaração durou apenas 17 minutos.

O rabino Fishman, com voz sufocada pela emoção, pronunciou a tradicional oração de inauguração: “…shehecheyanu vekiyimanu vehiguianu lazman haze” (Bendito seja o Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nos deu vida e nos preservou e nos fez chegar a este momento). Os presentes responderam com um amén fervoroso.


Ben-Gurion passou então à leitura do “Decreto de Estabelecimento do Estado”, aprovado horas antes, que investia o Conselho Provisional do Poder Legislativo Supremo e relembrava toda a legislação britânica baseada no Livro Branco de 1939. Novamente os presentes aplaudiram com fervor à abolição dos incómodos decretos, que durante anos haviam restringido a imigração judaica.





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