quinta-feira, 12 de maio de 2016

A Declaração de Independência


A terra de Israel foi o lugar onde nasceu o povo judeu. Aqui foi formada a sua identidade espiritual, religiosa e nacional. Aqui eles conquistaram independência e criaram uma cultura de significado nacional e universal. Aqui eles escreveram a Bíblia e deram-na ao mundo.

Exilado da sua terra ancestral, o povo judeu manteve-se fiel à sua terra em todos os países de sua dispersão, jamais cessou de orar, esperar por retornar e por restaurar a sua liberdade nacional.



Impulsionados por este vínculo histórico, os judeus lutaram através dos séculos por votar à terra de seus pais e recuperar seu país. Nas últimas décadas, eles voltaram em massas. Eles recuperaram o deserto, reviveram a sua língua, construíram cidades e aldeias e estabeleceram uma comunidade vigorosa e crescente, com vida própria, tanto económica como cultural. Eles buscaram a paz, mas sempre estiveram preparados para se defender. Eles trouxeram a bênção do progresso a todos os habitantes do país.

No ano de 1897, o Primeiro Congresso Sionista, inspirado pela visão de Theodor Herzl do Estado Judeu, proclamou o direito do povo judeu a uma renascença nacional em seu próprio país.

Este direito foi reconhecido pela Declaração de Balfour de 2 de Novembro de 1917, e ratificado por Mandato da Liga das Nações, que deu um reconhecimento internacional explícito à conexão histórica do povo Judeu com a Palestina e seu direito a reconstituír seu Lar Nacional.

O Holocausto nazi, que sacrificou milhões de judeus na Europa, provou novamente a urgência do restabelecimento do Estado Judeu, que resolveria o problema da falta de um lar para os judeus, abrindo os portões para todos os judeus e elevando o povo judeu à igualdade na família das nações.

Os sobreviventes da catástrofe Europeia, assim como judeus de outras terras, proclamando seu direito a uma vida com dignidade, liberdade e trabalho, e incontidos por desgraças, sofrimentos e obstáculos, têm tentado incessantemente entrar na Palestina.

Na Segunda Guerra Mundial, o povo judeu na "Palestina" deu uma total contribuição na luta das nações que amam da paz contra o horror nazi. Os sacrifícios de seus soldados e os esforços de seus trabalhadores tornou meritório que figurasse ao lado dos povos que fundaram as Nações Unidas.

Em 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Resolução para o estabelecimento de um Estado Judeu independente na Palestina, e instou os habitantes do país a desenvolver as acções que fossem necessárias da sua parte para concretizar este plano.

Este reconhecimento pelas Nações Unidas, do direito do povo judeu a estabelecer seu Estado independente, não pode ser revogado. Ele é, ademais, um direito auto-evidente do povo judeu de ser uma nação como todas as outras nações, no seu próprio Estado soberano.

Assim, nós, os membros do Conselho Nacional, representando o povo Judeu na Palestina e o movimento Sionista do mundo, reunidos hoje em assembleia solene, no dia do término do Mandato Britânico na Palestina, em virtude do direito natural e histórico do povo Judeu e da Resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas, AQUI PROCLAMAMOS, o estabelecimento do Estado Judeu na Palestina, a ser chamado ISRAEL.

AQUI DECLARAMOS que, com o término do Mandato à meia-noite, nesta noite de 14 para 15 de Maio de 1948, e até à devida instalação dos organismos do Estado eleitos em conformidade com uma Constituição, a ser redigida por uma Assembleia Constituinte antes do primeiro dia de Outubro de 1948, o presente Conselho Nacional irá agir como administrador provisório, constituindo-se no Governo Provisório do Estado de Israel.

O ESTADO DE ISRAEL será aberto à imigração de judeus de todos os países da sua dispersão; promoverá o desenvolvimento do país em benefício de todos os seus habitantes; será baseado nos preceitos de liberdade, justiça e paz, ensinados pelos profetas hebreus; defenderá total igualdade social e política para todos os seus cidadãos, sem distinção de raça, credo ou género; garantirá total liberdade de consciência, culto, educação e cultura; protegerá a santidade e inviolabilidade dos templos e lugares sagrados de todas as religiões; e dedicar-se-á aos princípios da Carta das Nações Unidas.

O ESTADO DE ISRAEL estará pronto a cooperar com os órgãos e representantes das Nações Unidas para a implementação da Resolução da Assembleia de 29 de Novembro de 1947 e tomará os passos para desenvolver uma União Económica para toda a Palestina.

Apelamos às Nações Unidas para que ajude o povo Judeu na construção de seu Estado e admitir Israel na família das nações.

Em ambiente de hostilidades brutais, instamos ainda aos habitantes Árabes do Estado de Israel para que retomem os caminhos da paz e façam a sua parte no desenvolvimento do Estado, com total igualdade de cidadania e representatividade nos seus órgãos e instituições, provisórios ou permanentes.

Oferecemos paz e boa-vizinhança a todos os Estados vizinhos e aos seus povos, e convidamo-los a cooperar com a nação hebraica independente para o bem comum de todos.

A nossa convocação vai ao povo Judeu em todo o mundo para que se junte a nós na tarefa de imigração e desenvolvimento e que fique ao nosso lado na grande luta para o cumprimento do sonho de gerações: a redenção de Israel.

Com confiança na Rocha de Israel, assinamos esta Declaração, nesta sessão do Conselho Provisório do Estado, na cidade de Tel Aviv, nesta véspera de Sábado, 5º dia do mês de Lyar de 5708, 14 de Maio de 1948.

Sem comentários:

Enviar um comentário