segunda-feira, 13 de junho de 2016

Os segredos de Ester


Ester era uma agente secreta. Ester nem sequer era o seu nome verdadeiro. Ela chamava-se originalmente, através dos seus pais Judeus, "Hadassah" (o nome hebraico da planta murta). Acerca dos pais de Ester não sabemos e tão pouco ela revela a sua identidade Judaica na corte do rei Persa Artaxerxes, até que essa revelação se revela absolutamente necessária.


Ela não se exibia nem era impetuosa, tal como a característica do seu nome, o modesto arbusto murta. Ela era humilde e despretensiosa, simples e delicada. Contudo o seu nome de código adapta-se perfeitamente à sua pessoa. Ester significa "Estrela", tal como as minúsculas formas das flores da murta, que soa no hebraico como a palavra "hesstair" e que apropriadamente significa "secreto" ou "escondido". Há algumas lições maravilhosas para aprender com esta misteriosa mulher da Bíblia!

As figuras.



Um facto bem conhecido acerca do livro de Ester é que não temos apenas uma agente “murta” camuflada, mas também o próprio Deus não se faz notar descaradamente. Ele esconde-se entre as linhas da história e o seu Nome não é mencionado uma vez sequer. Contudo há incontáveis indícios a indicar a sua actividade nos bastidores.

I Coríntios 10:11 explica que as histórias do Primeiro Testamento foram escritas como exemplo ou "tipos" para nós aprendermos através delas. "Ora, tudo isto lhes acontecia como exemplo, e foi escrito para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos".

Pense no contexto da história: um palácio ornamentado com tecidos entrelaçados, vasos de prata e de ouro, mobília, colunas e fivelas, num quarto interior, no qual ninguém deve entrar porque pode morrer, a menos que possa preencher rigorosos requisitos; um todo-poderoso rei sentado no trono que pode conceder dádivas, e onde vestes reais são essenciais como protocolo para uma aproximação ao rei na sua câmara real.... Todas estas coisas são figuras do tabernáculo, do templo, e da forma como devemos encontrar-nos com Deus no lugar santíssimo.

O ceptro.

Ester manifesta-se em favor do seu povo e paralelamente, nas escrituras a murta é figura da intercessão. Na história ela pede que o seu povo interceda por ela com três dias e três noites de oração e jejum. Então, atreve-se ousadamente a entrar na sala do trono, esperando encontrar graça. E o Rei de facto estende-lhe o cetro, convidando-a também para se aproximar com confiança. Nesse encontro, ela acha favor nos seus olhos e é encorajada a pedir o que quiser, até metade do seu reino. Caso você não saiba, o reino da Pérsia incluía 127 províncias desde a Índia até à Etiópia.

O próprio ceptro é muito significativo pois este símbolo é mencionado em alguns lugares chave nas escrituras. Como habitualmente, a primeira menção sustenta a chave para a sua compreensão: "O ceptro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos." Génesis 49:10

Esta profecia que Jacó dá ao seu quarto filho, Judá, é uma profecia messiânica. O Messias, como rei, viria da tribo de Judá e legitimamente seguraria o ceptro. Nos Salmos 60:7 e 108:8, Deus chama Judá o seu ceptro, e outra profecia chave é a passagem que está em Números 24:17 "Eu o vejo, mas não no presente; eu o contemplo, mas não de perto; de Jacó procederá uma estrela, de Israel se levantará um ceptro que ferirá os termos de Moabe, e destruirá todos os filhos de orgulho."

Esta profecia foi proferida por Balaão, inconsciente da poderosa verdade das suas palavras. Yeshua, O Messias, de facto surgiu de Israel, veio de Jacó, e apenas através de Yeshua é possível para nós aproximarmo-nos do trono de Deus.

O destino dos inimigos de Israel.

Balaão mais tarde profetizou a destruição dos Amalequitas, inimigos de Israel que os atacaram sem misericórdia quando eles lutavam para sair do Egipto. Anos mais tarde, Deus ordenou ao Rei Saul que os destruísse mas Saul falhou. Mas então, estranhamente, a outros descendentes de Saul (a Mardoqueu e a Ester), foi dada outra oportunidade para realizar a instrução de Deus, até porque o malvado Hamam era descendente dos Amalequitas que ainda estava desejoso de exterminar o povo de Israel. Foi como se o cenário completo tivesse sido planeado e orquestrado desde há muito tempo.

Tem havido muitas tentativas de destruir o povo de Israel do mesmo modo que o inimigo das nossas almas trama para erradicar a menina dos olhos de Deus da face da terra. Faraó tentou, os Amalequitas tentaram, e Hitler foi invadido pelo mesmo espírito homicida de Amaleque, o mesmo velho objectivo. O povo de Israel tem estado sempre cercado por inimigos, hostilidades e ameaças de morte, e ainda hoje há líderes políticos que falam abertamente em "varrer Israel do mapa". Mas Deus, discretamente, foi puxando as cordas para criar uma série de eventos sobrenaturalmente orquestrados para salvar Israel no exílio nos dias de Ester. Do mesmo modo Ele nos sustém hoje. O protector de Israel não toscaneja nem dorme.

A actividade de Deus no livro de Ester pode sugerir apenas um desejo nocturno de ler os livros dos registos ou uma "oportunidade" de encontro no pátio do palácio... mas também lemos que as orações que foram erguidas pelo povo Judeu fizeram com que Deus as levasse em conta. Até mesmo entre os de Hamã há um aviso de Deus, a sua esposa avisa-o que lutar contra Israel é um esforço inútil: "E contou Hamã a Zerés, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então os seus sábios e Zerés, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da linhagem dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele." Ester 6:13

A compreensão é a de que o povo Judeu tem uma inatacável força sobrenatural do seu lado tal como Deus prometeu em Zacarias 12 que quem vier contra o povo Judeu acabará por fim de causar dano a si próprio.

O rei convida-nos a vir.
Deus chamou Ester para ficar firme e interceder pelo povo Judeu, e graças à sua coragem e sabedoria, o povo de Israel foi salvo. A linhagem de Judá continuou e o Messias chegou seguro e salvo a Israel através do tempo. Mardoqueu avisou Ester que se ela não tivesse aquela firmeza Deus decerto encontraria outra forma para salvar o seu povo sem o seu envolvimento. Mas que convite! Que privilégio foi dado a Ester! E um convite semelhante está diante de nós hoje.

Jesus diz-nos que o bom prazer do Pai é dar-nos o Reino. (Lucas 12:32). Graças ao nosso Messias, o ceptro de Deus, nós temos o direito e convite para vir ousadamente diante do trono de Deus e apresentar-lhe qualquer pedido.

Gostaria de juntar-se ao legado de Ester e interceder por Israel diante do Rei? Os Rabis em Israel convocam o povo para oração e jejum pedindo a Deus relativamente à onda de terror que tem sido vivida em Israel ultimamente e para que haja um despertamento espiritual. Pensamos que essa é uma oração à qual nos podemos juntar!

Traduzido de:
http://www.oneforisrael.org/blog/436-the-secrets-of-esther-the-intercessor

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