segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Um breve exame da história antiga desde Babilónia.


Anti-semitismo não é com certeza nada novo. Ele pode ser identificado já nas primeiras eras da antiguidade. Os judeus têm sido objecto de perseguição e extermínio premeditado, pelo menos desde a destruição de Jerusalém por Nabucodonozor que os espalhou por muitas nações há mais de 2.500 anos atrás. O que aconteceu sob Antíoco Epifânio 400 anos depois é apenas um exemplo do que os judeus sofreram repetidamente. Josefo relata-nos assim:

“Antíoco não estava satisfeito, nem com uma tomada inesperada da cidade (Jerusalém, 167 a.C.), nem com o seu saque, nem com o grande massacre que fizera ali. Sendo controlado pelas suas paixões violentas e lembrando-se do que sofrera durante o cerco, tentou convencer os judeus a dissolverem as leis do seu país, deixar de circuncidar os bebés, e em vez disso, queria que sacrificassem carne de porco sobre o altar; contra isso eles opuseram-se e os mais destacados entre eles foram executados.”


Série "Ódio e Anti-semitismo"
4/11 Um breve exame da história antiga desde Babilónia.
Extraído e adaptado de "Jerusalém, um cálice de tontear".
Dave Hunt

Quanto mais aprendemos sobre a história, mais espantados ficamos com este facto inexplicável: não há nenhuma razão comum para o destino surpreendente que os judeus sofreram durante milhares de anos. E não há razão para que esse destino tenha sido implementado teimosamente por todo o mundo e tantas vezes na história, nas mãos de tanta variedade de opressores. Esta interrogação só aumenta a tragédia e o mistério.

Will Durant dá o seu ponto de vista a respeito de Antíoco, que revela um ódio ao Judaísmo, digno de qualquer Hitler, mas que aconteceu mais de 2.100 anos antes:

“Antíoco (…) marchou até Jerusalém, massacrou os judeus de ambos os sexos aos milhares, profanou e saqueou o Tempo, apropriou-se do seu altar de ouro, dos vasos e dos seus tesouros para os cofres reais… Deu ordens para a helenização compulsória de todos os judeus. Ordenou que o Templo fosse reerguido como um templo a Zeus, que um altar Grego fosse erguido no lugar do antigo e que os sacrifícios habituais fossem substituídos por sacrifícios de porco. Antíoco proibiu que o Sábado fosse guardado assim como as festas judaicas e fez da circuncisão um crime passível de morte. Por toda a Judeia a antiga religião e os seus rituais foram interditados e o ritual grego foi tornado compulsório sob pena máxima para quem não o cumprisse. Todo o judeu que se recusasse a comer porco, ou que fosse encontrado com o Livro da Lei na sua posse deveria ser aprisionado ou morto, e o Livro onde quer que fosse encontrado deveria ser queimado. Os agentes de Antíoco, depois de extinguir com toda a expressão visível de Judaísmo em Jerusalém, passaram como um fogo penetrante nas restantes cidades e vilas. Por toda a parte ele deu a escolher ao povo entre a morte e a participação na adoração helénica, e que incluía comer porco sacrificado. Todas as sinagogas e escolas judaicas foram fechadas. Aqueles que se recusavam a trabalhar no Sábado eram incriminados como rebeldes. No dia da Bacanália, os judeus foram forçados a vestirem-se com hera, como os gregos, para participar nas suas procissões e a cantar músicas frenéticas em honra de Dionísio. Muitos conformaram-se com as exigências esperando que a tempestade passasse mas outros fugiram para as cavernas e refúgios nas montanhas, vivendo de colectas clandestinas das plantações, continuando a cumprir resolutamente as ordenanças da vida judaica… Mulheres que circuncidavam os seus recém-nascidos eram lançadas com os seus bebés do alto das muralhas para morrer. Os gregos ficavam surpresos ao ver a força da antiga fé; por séculos não haviam visto tamanha lealdade a uma ideia… O Judaísmo, que esteve perto da assimilação tornou-se mais intenso na consciência religiosa nacional, e abrigou-se num isolamento protector.”


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