sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Refugiados judeus e muçulmanos são comparáveis?


Numa tentativa atabalhoadade apaziguar o medo de permitir que milhares de refugiados muçulmanos entrem nos Estados Unidos sem a adequada segurança, alguns meios de comunicação social de tendência de esquerda, cedem à tentação de comparar os refugiados judeus que escapavam do holocausto com os muçulmanos que fogem do caos do médio-oriente.

Esta falsa analogia é incrivelmente ofensiva, não apenas para as vítimas do holocausto mas para a própria história. Seguem-se cinco razões pelas quais os refugiados muçulmanos não são comparáveis aos refugiados judeus da II Guerra Mundial:


1. Não havia ameaça de judeus terroristas se infiltrarem nos Estados Unidos. O mesmo não se pode dizer a respeito dos terroristas muçulmanos.

Como grupo étnico-religioso, os judeus sofreram incrivelmente sob os programas de genocídio da Alemanha Nazi. A resistência no Ocidente para absorver refugiados não era sequer conhecida pelos próprios judeus e além do mais, políticas de um isolacionismo pré-existente estavam em curso como consequência da II Grande Guerra. O anti-semitismo residual na Europa pode ter sido também um fator de maior dificuldade.

Em contraste, a ameaça do terror islâmico era evidente. O ritmo de ataques contra os interesses Ocidentais por muçulmanos fanáticos não podiam ser ignorados.

"Os judeus que vieram para a América não eram violentos. Eles não atavam bombas a eles próprios nem se faziam explodir em teatros; eles não iam a restaurantes e executavam quem se sentava para jantar", cita American Thinker, acrescentando, "eles não tencionavam estabelecer um califado onde quer que se estabelecessem embora tendessem a dominar o comercio local".

2. Os judeus vítimas do Holocausto não tinham para onde ir. Os refugiados muçulmanos têm.

Os estados árabes têm sido notoriamente resistentes e definitivamente hostis quando são confrontados com um afluxo de refugiados às suas portas. "Há pelo menos duas dúzias de países muçulmanos, muitos deles estados do golfo, saudáveis, que poderiam facilmente assimilar alguns refugiados. Durante o Holocausto, não havia nenhum estado judaico que pudesse receber refugiados, essa é uma grande diferença", afirma o American Thinker

Naquele tempo não havia qualquer estado judaico ou um refúgio seguro para onde os judeus pudessem escapar. Hoje em dia, há vários estados de maioria muçulmana que celebram a sua irmandade religiosa com um zelo hipócrita. São estados árabes relativamente estáveis mas que exploram as reclamações dos refugiados muçulmanos queixando-se das falhas dos seus vizinhos árabes para desviar a atenção sobre si das organizações dos direitos humanos na sua própria casa. 

Os autocratas árabes têm investido fortemente na perpetuação de crises com refugiados muçulmanos. Isso dá-lhes a desculpa para culparem o Ocidente e Israel por todos os males do mundo, incluindo as dificuldades infligidas ás suas populações muçulmanas pelos próprios líderes árabes. É demasiado fácil culpar o Ocidente e, claro, os judeus pelo desmoronamento de infra-estruturas e aumento da pobreza, do que ao invés enfrentar os problemas de frente. Os ditadores petro-árabes estão mais inclinados a pilhar dos cofres a vitalidade dos seus próprios países e a manter uma economia recessiva, modelo que permite a corrupção florescer descontroladamente, do que em saudar a modernidade com todo o seu potencial de benefícios para uma vasta população. 

3. A proliferação de refugiados muçulmanos é o resultado de uma guerra civil intra-religiosa que remonta à fundação do islão no Séc. VII. As disputas teológicas judaicas são resolvidas com a caneta, não com a espada. 

Os apologistas da religião islâmica são seletivamente cegos à história macabra do Islão. Registos académicos, históricos e narrativas escritas do seu desenvolvimento, atestam o facto de que o islão foi de facto fundado sobre cismas tribais e sangrentos. 

O atual e principal propulsor de violência no Médio Oriente é o sectarismo Sunita-Shiita, um conflito decorrente desde os primórdios do islão quando fações guerreiras disputavam sobre as regras de sucessão depois da morte de Maomé. 

As principais vítimas do Estado Islâmico são outros muçulmanos. O que os apologistas de esquerda deliberadamente se esquecem, contudo, é o facto de que o Estado Islâmico é uma organização Salafista-Sunni que visa eliminar não-Sunnitas, Shiitas, Yazidis, Curdos, apóstatas e qualquer que seja considerado fora do enquadramento da devoção islâmica. De facto, os assaltos levados a efeito por eles são geniosamente calculados e vingativos, preferindo alvos que visam retaliar episódios do passado, como os Shiitas iraquianos ou ocidentais que se atreveram a questionar ou criticar Maomé. 

Distintamente do islão, o judaísmo, como religião, resolveu as suas disputas teológicas através de intensivas discussões entre eruditos e com argumentos orais. O Talmude é um testamento vivo do debate judaico e exegese. Contrariamente aos seus homólogos clérigos islâmicos, as autoridades rabínicas refrearam o incitamento à violência em nome da religião e em seu lugar encorajaram a análise textual e a investigação filosófica, o que contribuiu em grande parte para a história judaica e para a construção de Israel na era moderna. 

4. Os refugiados muçulmanos são de longe mais religiosos (muitos deles sujeitos ao literalismo do Corão) que os refugiados judeus durante a II Guerra Mundial, cujo bloco religioso era predominantemente secular, assimilado na sociedade ocidental e integrado na tecido social dominante na Europa. 

Uma dos principais queixas preconceituosas de Hitler e dos Nazis contra os judeus da Europa era que eles estavam excessivamente integrados na sociedade. Hitler procurou uma massiva separação entre judeus e arianos baseado nas diferenças eugénicas e raciais. Enquanto o anti-semitismo ainda estava em disseminação na Europa, antes da ascensão do III Reich, os judeus entretanto procuravam prosperar em várias áreas, incluindo artes, ciência, finanças e medicina. Os judeus que eram ortodoxos praticavam a sua fé em paz e privacidade, sem impor a sua religião na restante sociedade. 

Os muçulmanos refugiados de hoje vêm de sociedades instáveis, islâmico-centradas, onde a religião é juntamente um exercício público e privado. O muro de separação entre uma fé pessoal islâmica e uma fé islâmica pública como norma, não existe nos países de maioria religiosa muçulmana. 

Como resultado, os refugiados muçulmanos podem ter comportamentos e perspectivas anti-éticas face aos valores ocidentais. De acordo com uma pesquisa recente de "Pew Resarch Center" destacada no "The Daily Caller", uma significante percentagem de árabes muçulmanos endossa a lei sharia como o código legal ideal para a sociedade e são a favor de punições severas para os não-crentes que violem os princípios do islão: 

86% de muçulmanos no Paquistão, 84% no Afeganistão, 81% nos territórios Palestinianos, 80% no Egipto, 65% na Jordânia, 57% no Iraque e 54% na Malásia e Bangladesh são a favor do apedrejamento e punição letal em caso de adultério. A maioria dos muçulmanos em vários países também apoia a pena de morte para muçulmanos que se afastam do islão: Afeganistão (79%), Egipto (88%), Paquistão (75%), territórios Palestinianos (62%), Jordânia (83%) e Malásia (58%). 

Ian Tutle do "The National Review" explica que o fosso dos valores entre os judeus da II Guerra e os muçulmanos refugiados de hoje, referindo que, "Uma recente pesquisa sobre a opinião árabe realizada em 900 refugiados Sírios, concluiu que um em oito mantém "de alguma forma" uma opinião positiva a respeito do Estado Islâmico, (4% disseram que não sabiam ou recusaram responder)". 

5. Os imigrantes muçulmanos têm contribuído desproporcionalmente para ataques racistas contra grupos minoritários, particularmente judeus. Judeus europeus ainda são vítimas de anti-semitismo, supremacia branca e islâmica, atos de perseguição, coação e intimidação. 

De aordo com a última pesquisa de "Pew Research Center polls", a maioria dos ataques anti-semitas direcionados contra judeus são iniciados por populações muçulmanas imigrantes. Isto não nos surpreende devido à cultura galopante de anti-semitismo no mundo árabe, particularmente nos territórios Palestinianos. "Enquanto as perspectivas europeias relativamente aos judeus se tornam mais negativas, mais profundo se torna o sentimento anti-judeu fora da Europa, especialmente nas nações predominantemente muçulmanas. A percentagem de Turcos, Egípcios, Jordanos, Libaneses e Paquistaneses com opiniões favoráveis a judeus conta-se pelos dedos," documenta Pew

A presença de judeus no mundo está a minguar dramaticamente, enquanto que as populações muçulmanas através do mundo disparam exponencialmente. Os muçulmanos são um dos grupos que mais cresce no mundo. No ocidente os índices de nascimentos são de longe maiores que entre os cristãos, judeus e restante população.

"Os muçulmanos são mais jovens que os restantes Europeus. Em 2010 a idade média dos muçulmanos na Europa era de 32 anos, enquanto que a média dos Europeus era de 40. median age

Estes migrantes importam ideologias anti-semitas e crenças que podem causar dano à população minoritária existente, especialmente judeus.

Quando os terroristas de Charlie Hebdo concluíram a sua matança no jornal de cartoonistas dirigiram-se para um supermercado kosher para de seguida massacrar judeus. O anti-semitismo da administração Obama obscureceu o facto de que o ataque ao supermercado foi motivado por motivos religiosos. Num momento de vergonha que reside nos anais da recente intolerância anti-judaica, o presidente Obama chamou esses ataques "aleatórios".


Traduzido de,
No, Muslim Refugees Are Not Jewish WWII Refugees. Here Are 5 Reasons Why.
BY:
MICHAEL QAZVINI
NOVEMBER 18, 2015

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