sexta-feira, 3 de junho de 2016

O dia e a guerra da Independência


1.878 anos depois da destruição do Templo pelos Romanos a 14 de Maio de 1948 é proclamada a independência e refundação da nação ancestral de Israel.

O Museu Nacional de Tel-Aviv foi pequeno para acolher os 250 convidados convocados no dia anterior. Na parede atrás do púlpito, em destaque, uma grande foto de 
Theodor Herzl, a quem Israel deve a dinamização e fundação do Sionismo moderno.


David Ben-Gurion faz soar o martelo e dá início à sessão. O Estado de Israel é proclamado. A Declaração faz referência ao direito histórico, político, legal e religioso do povo judeu à sua terra ancestral. A Declaração oferece a paz aos seus vizinhos árabes e garante a liberdade e a igualdade para todos os cidadãos que se abrigarem debaixo da sua bandeira.

O povo festeja mas sabe que o "Estado-bebé" vai ter que lutar tenazmente pela sua sobrevivência. As ruas e praças são invadidas um pouco por todos os cantos do território. Nas ruas de Jerusalém o povo dança sem luz pois não há electricidade.

Desde o dia 29 de Novembro do ano anterior que as hostes árabes se movimentam inquietas, pois tinham rejeitado o Plano de Partilha dasNações Unidas, pressionavam para que Israel não assumisse a sua autonomia e aspiravam aniquilar a presença de qualquer judeu na terra. Na tarde seguinte a alegria deu lugar ao choro.

O Presidente Truman reconhece Israel, ao que parece, irritado pelas trapalhadas dos seus assessores e sem se esquecer que precisava de votos daí a alguns meses. A União Soviética também reconhece, pois eles desejavam um aliado na região que fosse um contra peso contra o Imperialismo Britânico. Os Britânicos assobiavam para o lado.

A Grã-Bretanha, até então omissa no que quer que fosse relativamente às pretensões Judaicas, para não ofender os seus interesses na região, e porque todas as probabilidades apontavam para a aniquilação total do estado hebraico, quando se dá conta que Israel tinha alcançado Haifa acorre às Nações Unidas em favor dos Árabes para procurar uma solução menos dolorosa para os seus protegidos. Tarde demais.

O Líbano, a Síria, o Egipto, o Iraque e a Trans-jordânia com a Legião Árabe treinada pelos Britânicos, atacaram Israel em diversos pontos das suas fronteiras. De um lado os Judeus, mal equipados militarmente, com armas ultrapassadas e traficadas secretamente para o território, e do outro, muito melhor equipados com armas fornecidas pelas Britânicos, os Árabes, em número superior mas extraordinariamente desorganizados.

Enquanto as Nações marcavam as suas posições, as preocupações em israel já não eram os combates políticos. Havia outra prioridade: a defesa das populações Judaicas e a defesa da integridade territorial. A norte, o Líbano, os Iraquianos e os Sírios, foram repelidos apesar do sofrimento imposto às comunidades judaicas ao longo do Jordão. As batalhas mais duras foram travadas nos montes da Judeia contra a Legião Árabe. Mas o perigo maior veio do Egipto e espreitou Tel-Aviv, que depois de assaltarem Gaza ficaram a 25 km dos 250.000 habitantes da cidade fundadora do moderno israel. A estratégia foi um ataque noturno com forças deslocadas de Jerusalém para este fim. Tel-Aviv tem imperativamente que ser posto a salvo antes da entrada em vigor do cessar-fogo.

Israel, e o seu Divino Protector, com uma estratégia concertada e organizada, conseguiu prevalecer, até que as Nações impuseram um cessar-fogo, aceite por ambos os lados, e que entra em vigor a 11 de Junho de 1948

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