Arthur James Balfour foi Primeiro-Ministro do Reino Unido entre 1902-1905. É da sua autoria a iniciativa de em 1917 emitir uma declaração em apoio às aspirações judaicas de criar um estado judeu na sua terra ancestral.
A Declaração de Balfour é uma carta datada em 2 de Novembro de 1917 dirigida ao Barão Rothschild, líder da comunidade judaica do Reino Unido, quando Balfour era então Secretário Britânico dos Assuntos Estrangeiros, para ser transmitida à Federação Sionista da Grã-Bretanha.
A carta refere-se à intenção do Governo Britânico em facilitar o estabelecimento do Lar Nacional Judeu na Palestina, caso a Inglaterra conseguisse derrotar o Império Otomano, que, até então, dominava aquela região.
A Declaração de Balfour:
"Caro Lord Rothschild,
Tenho o grande prazer de endereçar a V. Sa., em nome do Governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações sionistas, declaração submetida ao gabinente e por ele aprovada:
O Governo de Sua Majestade vê com simpatia o estabelecimento na Palestina de um lar nacional judaico e envidará os seus melhores esforços para facilitar a conquista desses objectivos, ficando claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos religiosos e civis das comunidades judaicas existentes na Palestina ou os direitos e condições políticas usufruídas pelos judeus em qualquer outro país.
Agradecia que levasse esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.
Atenciosamente,
Arthur James Balfour"
O texto da carta foi publicado na imprensa uma semana depois, a 9 de Novembro de 1917 e foi posteriormente inclída no acordo de paz com o derrotado Império Otomano e constou igualmente da declaração de instituição do "Mandato Britânico da Palestina". A França e a Itália, aliadas dos Britânicos na Primeira Guerra subscreveram a Declaração em Agosto de 1918.
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