segunda-feira, 30 de maio de 2016

O Papel Branco

British Prime Minister Ramsey MacDonald
Em 1939 Judeus e Árabes foram convocados pela Grã-Bretanha para uma conferência para que ambos pudessem discutir as diferentes questões relacionadas entre eles. As delegações Judaica e Árabe vieram para, juntamente, procurar uma solução para as suas diferenças internas num evento que ficou conhecido como a Conferência de São Tiago. 
Chaim Weizmann foi como representante dos Judeus através das agências Sionistas e não-Sionistas enquanto que a delegação Árabe esteve sob a liderança do Mufti Haj Amin al-Husseini. Além dos Árabes do território em disputa estiveram também presentes delegados que outros países Árabes como a Síria, Transjordânia, Iraque, Arábia Saudita e Egipto.


A conferência começou mal. A delegação Árabe recusou reconhecer a legitimidade da agência Judaica e por isso recusaram participar em reuniões directas e formais com os representantes Judeus. Consequentemente, os Britânicos negociaram com cada parte separadamente e quando qualquer das delas não concordavam com os mesmos termos, os Britânicos formulavam a sua própria política de acção.

O documento ficou depois conhecido como "McDonald White Paper" mas é também conhecido como "O Papel Branco Britânico de 1939 e Documento Parlamentar 6019". A conferência falhou na produção dos desejados resultados de trazer paz à região do Mandato da Palestina. A partir dessa conferência, os Britânicos adoptaram uma nova política na gestão da drástica situação que prevalecia na região.

O Papel Branco de 1939 definiu uma permanente limitação à imigração Judaica. Permitiu apenas entrada de 75.000 imigrantes Judeus para um período de cinco ano, e depois disso, a imigração necessitaria do consentimento Árabe. O Papel Branco McDonald definia estratégias condescendentes para os Árabes deixando os Judeus inquietos a respeito delas, e ainda assim eles criavam objecções.

As clausulas chave que definiam os Papel Branco de 1939 eram principalmente:

  • Não seriam os Britânicos que formariam um Estado Judaico na Palestina;
  • Depois de um período intercalar, os Britânicos apoiariam dois estados independentes no território, de Árabes e Judeus, com um governo partilhado onde os interesses de ambos fossem salvaguardados;
  • A venda de terras Árabes aos Judeus na maioria das regiões do país seria fortemente controlada;
  • Tendo em conta a apreensão Árabe relativamente à imigração Judaica, os cinco anos de permissão de 75.000 Judeus era implementada para que a população Judaica no território não ultrapassasse o total de um terço.
Do início da II Guerra Mundial até ao seu fim, o Papel Branco prevaleceu como base para afirmar as políticas Britânicas e tudo o resto era irrelevante. Os Judeus foram humilhados na sua própria terra ancestral como, de resto, em todos os outros lugares e esse documento transformou-se numa autêntica traição Britânica, especialmente num momento em que os Judeus mais precisaram de um lugar de refúgio.

Com o estabelecimento do estado de Israel em 1948 os decretos do Papel Branco foram anulados!

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