quarta-feira, 14 de setembro de 2016

BDS é uma ameaça para todo o Médio-Oriente


Como político jordano, sinto-me na obrigação de falar contra o movimento boicote anti-Israel, desinvestimento e sanções e o seu efeito no Médio-Oriente e no mundo.

Eu represento o ponto de vista e interesses do povo Jordano, Fazendo isso, eu tenho a liberdade que muitos não têm. As minhas perspectivas sobre BDS são sem qualquer preconceito e equilibradas porque eu não sou Israelita e ninguém me pode acusar de ser anti-Árabe.

Deixem-me ser claro. BDS é um movimento de ódio irresponsável que ameaça a segurança e a estabilidade não apenas de Israel, mas também do meu país, a Jordânia, e o todo o Médio-Oriente. BDS procura atacar e isolar Israel. Mas que importância tem Israel para a Jordânia e para o resto do mundo? Porque alguém como eu se importaria que Israel fosse atingido?

Isto foi o que o presidente da oposição Jordana, Mudar Zahran , escreveu o ano passado no Israel Hayon: "Se chegar o dia da queda de Israel, a Jordânia, o Egipto e muitos outros colapsam também e os Ocidentais vão ter que suplicar petróleo ao Irão. Nós podemos odiar Israel tanto quanto o desejarmos, mas devemos entender que sem a nação judaica nós também acabaríamos por desaparecer."

Israel está na frente da guerra contra o terror na nossa região, e se Israel for atingido, todos nós iremos sofrer, e a Jordânia será quem irá sofrer mais.

Então o BDS é uma ameaça para todos nós. É uma ameaça para a América tal como é uma ameaça para Israel, para a Jordânia e para os nossos irmãos Palestinianos.

BDS invoca que vida visa Israel porque oprime os Palestinianos. Se é assim, porque BDS nunca atingiu o Governo Jordano, que oprime e destrói as vidas da maioria dos Jordanos Palestinianos, e onde muitos do meu próprio povo, os Jordanos Beduínos, passam fome?

Porque BDS não boicota o Líbano, onde Palestinianos são banidos de trabalhar como condutores de táxi? Porque não boicota a Síria, onde o Presidente Bashar Assad chacinou milhares de Palestinianos no campo Yarmouk?

BDS, admitam: Vocês são racistas e anti-semitas.

As vossas actividades são uma ameaça para a Jordânia e é minha missão como candidato Jordano a secretário do comércio, melhorar, expandir, fortalecer e promover trocas comerciais entre o meu país e Israel.

Mas BDS não está sozinho. Eles não poderiam sobreviver sem apoio, financeiro e político, e nós na oposição na Jordânia temos informação que BDS recebe apoio de vários tipos de ditadores Árabes.

Desde o primeiro dia, os nossos governantes têm-nos dito repetidamente é que Israel é o inimigo e que deveríamos esquecer as nossas próprias crianças que passam fome e ignorar os nossos governos cruéis e focarmos exclusivamente o ódio e a morte dos judeus. BDS promove o mesmo tipo de conceito falido.

Eu digo-vos BDS: Tenham vergonha.

Tenham vergonha por atacar o único país que oferece empregos aos meus irmãos Palestinianos.
Tenham vergonha por atacarem o país que providencia cuidados de saúde gratuita a Palestinianos com problemas de câncer.
Tenham vergonha por venderem as nossas almas aos regimes Árabes.

Como muçulmano, eu sei que o meu profeta Maomé foi bem recebido em Medina por Árabes e Judeus, e que ele negociou e até mesmo assinou um acordo de defesa mútua com os Judeus. E como cidadão Jordano e membro da oposição no parlamento, é tempo de parar de falar acerca de paz e começar a vivê-la através da prosperidade económica; esta é a nossa promessa e missão.

BDS não é apenas odioso e vergonhoso, mas também dá força aos ditadores Árabes que criticam hipocritamente Israel por alegadas violações dos direitos humanos, quando eles próprios, são os maiores violadores dos direitos humanos.

Um homem torna-se conhecido pelas amizades que mantém; se os maiores apoiantes do BDS são Árabes e ditadores Muçulmanos, o que isto diz acerca de BDS?

Nós os Árabes boicotamos Israel há 70 anos. Onde é que isso nos levou? Nós estamos anos-luz atrás de Israel em tecnologia e economia. Nós precisamos de parar com isto na Jordânia e começar a aprender com os nossos amigos Israelitas. Este sonho não é novo. Era o sonho do antigo Primeiro-ministro Israelita Yitzhak Rabin que viu a prosperidade económica como um caminho para a paz. Foi por isso que me senti honrado em organizar um evento em memória dele no Congresso Americano quando ele foi morto há mais de 20 anos atrás.

Vamos tornar a sua memória viva através da ação. Vamos transformar a esperança perdida numa maravilhosa realidade, e desapontamento em alegria. E vamos todos colocar o BDS onde pertence: no caixote do lixo da história.

Brevemente, a Jordânia será livre e construiremos um novo sistema que nos permita trabalhar estreitamente com Israel, com parcerias, sem competição, e através de verdadeira cooperação em vez de apenas uma paz fria. A nós tornaremos a Jordânia num modelo para ser seguido pelos países Árabes através da cooperação com os nossos irmãos e irmãs Israelitas e com a aprovação dos nossos amigos Americanos.

Am Yisrael Chai. Am Yarden Chai

Abed Almaala é membro da Coligação da Oposição Jordana.

Traduzido de:
http://www.israelhayom.com/site/newsletter_opinion.php?id=17109

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