sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Judeus Messiânicos ganham reconhecimento em Israel


Os Judeus Messiânicos ganharam outra batalha pelo seu reconhecimento em Israel. Desta vez um tribunal judicial especial determinou que a congregação Messiânica em Jerusalém deveria receber a mesma isenção de taxas como uma sinagoga.

A batalha remonta a 2010, quando membros ultra-Ortodoxos do Knesset fizeram passar no parlamento a isenção de todas as taxas municipais. Advogados do Instituto de Justiça de Jerusalém, em consequência apresentaram ao tribunal uma petição para que também fosse concedida à comunhão Messiânica da capital, o mesmo estatuto. E eles ganham esta causa.

A lei é significativa pois permite isenção de taxas para todos os espaços usados pelas congregações Messiânicas incluindo os lugares de culto, os centros de reabilitação de drogas, espaços de actividades para crianças e jovens, escritórios pastorais e salas para distribuição de roupa em segunda mão.

De acordo com dos Advogados do Instituto de Justiça, desde que o caso começou em 2010, as congregações agora apelam para que lhes sejam atribuídas retroactivamente todas as taxas municipais aplicadas nos últimos três anos.

Entretanto, os Israelitas seculares estão fartos da corrupção e escândalos que envolvem rabis e organizações religiosas ao longo de vários anos e não lhes agrada que as sinagogas não tenham que pagar as taxas municipais. Muitos sentem que os Judeus religiosos já são um fardo desnecessário no sistema de Segurança Social de Israel.

Aparentemente, o novo partido governamental "Yesh Atid" (Há um futuro), dirigido pelo Ministro das Finanças e antigo personagem de televisão Yair Laoid, colocou uma proposta em cima da mesa do Knesset para cancelar a isenção de taxas para as sinagogas. Lapid reuniu apoio de muitos Messiânicos em Israel nas últimas eleições, particularmente entre os crentes jovens Israelitas que os atraiu com as suas ideias inovadoras sobre igualdade económica.
Agora os Messiânicos encontram-se, talvez pela primeira vez na sua turbulenta história, em pé de igualdade com os partidos Judeus Ortodoxos usufruindo da nova isenção de taxas. Tal como os Advogados referiram "Finalmente, os Messiânicos têm um interesse comum com os partidos políticos Ortodoxos".

De acordo com os Advogados do IJJ, é improvável que os grupos anti-Missionários tentem anular a nova lei de forma a evitar o reconhecimento civil das congregações Messiânicas, uma vez que eles usufruem dos mesmos benefícios fiscais.

Quando as autoridades visitaram a congregação messiânica em questão, eles aperceberam-se da existência da bateria de percussão e do sistema de som na sala. Tal equipamento pertence a uma organização religiosa sem fins lucrativos?

No decorrer do seu testemunho na audiência no tribunal, o líder espiritual da congregação explicou-se: "As reuniões na nossa sala têm o propósito de orar e estudar a Torah. Nós usamos instrumentos e sistema de som para o louvor. Acreditamos que de acordo com o Livro dos Salmos devemos adorar a Deus com todos os tipos de instrumentos musicais, incluindo tambores e címbalos."

Na sua decisão de conceder aos Messiânicos o valor retroactivo das taxas relativas aos últimos três anos, o Comité de Apelo ao Supremo Tribunal referiu-se especificamente à congregação como "uma organização Messiânica sem fins lucrativos que providencia um santuário para oração a todos os seus membros. A congregação Messiânica foi claramente não considerada como igreja pelo tribunal, e tão pouco, deveria chamar-se sinagoga.

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